A presente pesquisa empírica foi desenvolvida com magistrados da Justiça Trabalhista de um certo Tribunal, objetivando conhecer, a partir da percepção dos próprios juízes, a realidade por eles vivenciada quanto à qualidade de vida no trabalho (QVT). A relevância desse levantamento está na oportunidade de conhecer as condições laborais enfrentadas, a fim de prover melhorias. Os dados da survey foram obtidos mediante a aplicação de instrumento de pesquisa no período de 15 a 17 de janeiro de 2020. O questionário foi elaborado com base no modelo de QVT de Walton (1973), ressalvadas as adaptações realizadas ao modelo teórico, tendo alcançado 104 respondentes, ou seja, 40,15% de um universo de 259 juízes trabalhistas atuantes no 1º grau. E como resultado da pesquisa evidenciou-se que subsiste um certo mal-estar no serviço, devido ao grande volume de trabalho, às cobranças excessivas de metas institucionais, e às condições inadequadas de trabalho – o que aponta para um quadro de menor qualidade de vida no trabalho e adoecimento ocupacional em torno de 28%, demandando atenção e medidas preventivas em prol da saúde e do trabalho, já que os fatores estressores identificados têm incidência permanente.