Este artigo é fruto de pesquisa de natureza genealógica que visou estudar a luta pelo direito ao uso de canabidiol no Estado da Paraíba. Tendo em vista que o paradigma hegemônico em termos de política de drogas no Brasil é o proibicionismo, o uso de substâncias proscritas, até mesmo para uso medicinal é algo sujeito a interdito, apesar da lei permitir tal uso. No Estado da Paraíba, um grupo de familiares, juntamente com o MPF, lutou judicialmente para que os seus filhos tivessem direito ao uso de canabinoides medicinais, pois são portadores de epilepsia refratária aos tratamentos convencionais. Assim, realizamos um resgate desta resistência pontual à lógica proibitiva a maconha, sob uma perspectiva foucaultiana, buscando a emergência do saber e da resistência à proibição do uso do CDB no Estado. Para a colheita dos dados realizamos uma pesquisa documental de natureza qualitativa e como método de análise de dados usamos a análise de discurso.